Ponto de Vista: Irresponsabilidade, despreparo ou senilidade?

JORNAL ESTÂNCIA de ATIBAIA

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Ponto de Vista Joaci Góes

Por Joaci Góes

Ao eminente Desembargador Jorge Barreto!

É imperioso repetir, à saciedade, que o Brasil só tem um problema – educação de má qualidade-, do qual derivam todos os demais, como saúde, violência, corrupção, impunidade, infraestrutura, pluripartidarismo obsceno e outros, como expusemos em livro de 2015, intitulado As Sete Pragas do Brasil Moderno.

Poderíamos aduzir, como elemento complementar à educação, para facilitar sua eficácia, o acesso universal a saneamento básico, indisponível para mais da metade da população brasileira. Como demonstrou a Oxfam, ONG Britânica dedicada ao estudo das desigualdades entre os povos, em estudo accessível na Internet, sob o título A distância que nos une, os brasileiros que não têm acesso a saneamento básico vivem, em média, 54 anos, de uma vida de baixa qualidade, contra 79 anos para os que têm acesso a esse importante requisito, a mais de viverem uma existência de qualidade superior.

É do domínio científico que as crianças que nascem e vivem com saneamento deficiente ou sem saneamento básico são prejudicadas no seu desenvolvimento mental e intelectual, pelas doenças que contraem, comprometendo sua inteligência para aprender, fato que as conduz ao abandono precoce da sala de aula e à incapacitação profissional que as lança no colo das atividades marginais.

A um pouco mais de um ano do fim do seu terceiro mandato, quando o Brasil se encontra na dolorosa certeza de dias difíceis, com o descontrole das contas públicas, exposto à percepção geral, a partir já do exercício de 2027, em razão do populismo do atual Governo, o Presidente Lula atua com a tranquilidade de quem tem assegurada a impunidade dos seus desmandos, livre para fazer o que necessário for para assegurar-lhe um quarto mandato com que completar uma biografia rocambolesca, ao preço da continuidade do Brasil como o país de um futuro que nunca chega, já agora, sob o domínio do crime organizado que  se infiltra, expandindo-se, em todos os segmentos da vida nacional, devido, em grande medida, à leniência de nosso sistema penal, diligente no atendimento da criminalidade organizada, enquanto crescentemente omisso na proteção dos direitos das vítimas.

O desfecho não poderia ser outro: o acentuado crescimento da criminalidade no atual Governo, cada vez mais consciente da importância do seu papel no processo eleitoral do próximo ano, na escolha dos legisladores e governantes estaduais e federais, sensivelmente maior do que o já verificado nas últimas eleições, quando o voto da marginalidade foi decisivo para a vitória de Lula. Recorde-se que a projeção dos números revela que nada menos do que um terço da população brasileira estará envolvida com o crime organizado, ao tempo das eleições de 2026.

Observe-se que sobre os dois fundamentais temas da educação e saneamento básico, ambos verdadeiras vergonhas nacionais, nada se ouve ou se vê de interesse ou preocupação do governo atual para discuti-los ou implementá-los.

A generalizada consciência de que dias muito difíceis nos aguardam, agravados pela transformação do Brasil num pária internacional, sobretudo pela opção de Lula de fazer dos Estados Unidos nosso inimigo número um, para agradar seu eleitorado, predominantemente, terceiro-mundista, leva-nos a indagar sobre a natureza das razões que conduzem o atual Governo ao exercício dessa opção suicida: seria por invencível irresponsabilidade, despreparo ou senilidade do Chefe do Executivo? 

Há, é verdade, os que sustentam que tamanho despautério nasce, necessariamente, de uma combinação dessas três causas suspeitadas.

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